sábado, 19 de julho de 2014
Chega um dia que você cansa daquelas festas antes tão empolgantes, é sempre a mesma coisa, as mesmas pessoas vazia, aquela multidão que te cerca mas que mesmo assim te faz sentir solidão. Com o tempo você vai precisando de bebidas mais fortes, de situações novas, de coisas que lhe tirem o ar e lhe que ofereça nem que seja por alguns minutos uma enorme adrenalina e sensação de bem estar. Mas sabe, tem um dia que a euforia acaba, o efeito da bebida passa e você vai percebendo que a sua vida continua a mesma, que não adiante fazer mil coisas num determinado espaço de tempo para esquecer algo ou ocupar-se, uma hora a realidade sempre bate na sua porta. Não adianta ser tão feliz por uma noite, ou um fim de semana, sei lá, simplesmente não adianta, essas horas nunca resolverão seus problemas ou te completarão de alguma forma. Acredito que todos temos o direito a uma válvula de escape sim, mas será mesmo essa a melhor solução? Do que adianta horas de euforia e logo em seguida um choque de realidade que te faz ver que a vida não é tão fácil como você quer que seja, ou quer fazer parecer. A verdade é que uma hora você para com tudo isso, larga dessa ilusão e simplesmente para com tudo. No começo podem te achar estranho, realmente é bem estranho no começo, mas é só questão de hábito. O que adianta ter tantos amigos numa festa, mas na hora da ressaca não ter ninguém com você? Não ter ao menos uma pessoa que você possa de fato contar, ligar no meio da madrugada pra falar qualquer coisa, alguém que lhe perceba além do rosto sorridente de uma festa, alguém que de fato lhe note. Um dia a ficha cai pra todo mundo, cada um amadurece no seu tempo, mas o importante é que aconteça... e quando isso acontecer você percebe que as vezes ter uma única pessoa e bem melhor do que uma festa inteira.
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