quarta-feira, 25 de junho de 2014

Agora és diferente. Você costumava ficar em casa nos fins de semana estudando madrugada a dentro, você não era de farra, não era de bebedeira e muito menos de ficar atoa na internet. Celular pra você era apenas um objeto que você se via na obrigação de carregar consigo, agora não desgruda dele, parece sempre ta esperando algo ou alguém. Você costumava dormir cedo e acordar cedo, agora parece trocara noite pelo dia. Você tá diferente, mudou muito por sinal. Você costumava ter sonhos, agora parece alguém incapaz de planejar o amanhã. Você precisava de alguém que lhe completasse de alguma forma, alguém que lhe fizesse algum bem, agora parece fugir de qualquer vínculo com alguém, evita tanto algum contato que uma conversa de 1 hora é algo impossível pra você. Você mudou, ainda estranho tudo isso sabe, tento me manter com os hábitos que tínhamos, mas não funciona mais. Preciso urgentemente de um choque de realidade, mas enquanto não tomo eu fico aqui quietinha sentindo sua falta e te amando caladinha.

sábado, 21 de junho de 2014

Sinto saudade de você todos os dias. Não tem um único dia desde aquela noite que eu não tenha sentido sua falta. Sinto falta de conversar bobeira com você, falta do seu sorriso bobo, dá sua maneira estranha de arrumar o cabelo, da paz que eu encontrava em você. Sinto falta de você me dizendo: calma, logo tô chegando ai, não surta por favor. Ah mas você faz falta, e muita. Aquela nossa música, até pouco tempo ainda desconhecida, está no topo das paradas de sucesso, toca sempre e é impossível não lembrar de alguma história nossa com ela. Eita saudade lasqueira. Alguma coisa em mim me diz pra ter calma, e esse 1% de chance eu me agarro com toda fé possível que possa existir. Eu ainda quero tanto, eu não terminei de amar você.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Se me perguntarem de você vou dizer que não conheço. Se me perguntarem sobre a nossa historia vou responder que inventei tudo, que você não existe e que foi fantasia da minha cabeça. Se alguém perguntar de quem eu falo em meus textos vou dizer que não são pra ninguém, eu simplesmente escrevo. Se alguem achar suas coisas vou dizer que nem lembro o que é, que deve ser tralha velha de algum passado qualquer. Pra ser sincera eu espero que ninguém me pergunte nada, sou péssima pra mentir.
E quantas vezes eu esperei uma ligação sua só pra dizer que tava bem, só pra dá um sinal de vida e você não ligou. Quantas vezes eu já disquei o seu número mas não consegui ligar, abri sua janela de conversa e nunca consegui falar. Quantas noites eu já passei te escrevendo mas nunca enviei uma linha a você, ah meu amor não ta fácil não, e esse medo que eu tenho de tentar me comunicar com você. Quantas vezes eu terei que dizer que ainda te amo? Que ainda tenho os mesmo sonhos e planos com você? Amor, já chega disso né? Vamos voltar aqueles tempos? Continuar de onde paramos, eu ainda não terminei de amar você amor.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Não me peça pra esquecer tudo aquilo, por mais dura que eu possa parecer ainda sou humana. Não me diga pra seguir minha vida porque nossa história já era, para de querer mandar nos meus sentimentos, para de fazer escolhas por mim, para de querer controlar tudo e todos ao seu redor. Para, chega disso. Fica na tua, para de mandar, para de controlar, para de brigar, discutir, simplesmente para. Deixa as coisas tomarem seu curso natural, deixa as feridas sararem sozinhas, deixa cada um seguir quando achar que consegue e como conseguir. O mundo é mais do que você, as coisas não giram em torno de ti assim.

sábado, 14 de junho de 2014

Cadê você que prometeu está aqui mesmo quando parecesse impossível? Mesmo com toda dificuldade? Onde está você que me prometeu ser diferente e não me magoar? Onde foi parar você? Suas promessas? Nossos planos e sonhos? Ainda não me acostumei com a ausência de tudo isso, inclusive a sua. Sinto falta de você, da sua voz, da sua calmaria, da sua positividade, do seu carinho, da sua atenção, do seu jeito meio torto de me amar. Sinto falta de mim, do sorriso que era tão presente em meu rosto, da minha alegria, da minha esperança de dias melhores. Sinto falta de nós, do que eu me tornava com você, sinto falta de ser a parte feliz da minha vida. Eu ainda não terminei de amar você, ainda faltou tanto que nem imaginas.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Desculpa amor. Sinto muito por mentir tanto, por mentir tão ruim assim. Não estou conseguindo fingir que está tudo bem, não consigo cumprir a minha parte do trato onde eu prometi seguir minha vida sozinha. Não ta funcionando, não está dando certo sem você aqui, falta algo, um pedaço, alguém. Falta você. Qualquer armadura que eu use se torna nada quando me esbarro com alguma foto sua, quando escuto aquela música, ou simplesmente quando as lembranças me dominam. A verdade é que não está passando, ao menos pra mim, as coisas continuam iguais, os sentimentos os mesmos. Eu estou sentindo falta, tento ocupar uma lacuna no meu dia que pertence a você, tento me ocupar pra não lembrar você, não querer você, não voltar pra você. Sinto muito amor, mas estou falhando na parte de me manter bem sem você, acho que isso não funcionará com você amor.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

"Olha minha amiga, vem cá que vou te dizer uma coisa: "em nome do amor" você decidiu se anular. "Em nome do amor" você se deixou apagar. "Em nome do amor" você prefere o que ele prefere, se cala quando convém ao "bonito" e se priva só pra ele não se estressar. Em nome do amor por quem, você se comporta assim? Você não se queixava, vivia sorrindo e dançava sua própria música. Depois que o "amor" surgiu, ninguém mais ouviu falar de ti. Amor é bom, quando acrescenta e faz valer a pena cada momento. Não tem que existir "em nome do amor eu não fiz isso ou aquilo". Em nome do amor por VOCÊ, você sabe amar ao outro, respeitá-lo e ter sua vida, seus sonhos e vontades respeitadas. Em nome do amor por nós mesmas, rejeitamos rédeas. Em nome do amor-próprio somos livres. Se "em nome do amor" você está sufocando minha linda, significa que esse "amor" tem sido muito egoísta e está na hora de mostrar pra ele quem manda no barraco, e que em nome do seu amor por você, você está retomando as rédeas de sua vida."

segunda-feira, 2 de junho de 2014

“Aí você volta cheio de pressa em se livrar de mim e eu penso que tudo bem. E eu nem te amo mesmo. Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer. Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. Preciso me aliviar. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. E no meio da noite, quando eu decido que estou ótimo afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar.”
“Desisti. E essa é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Não vejo o que é feio e o que é bonito. Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maçã. Não ligo pra dor. Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino. Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais. Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.”