sábado, 12 de dezembro de 2015


Amei te ver - Tiago Iorc

Ah, quase ninguém vê
Quanto mais aumenta a graça
Mais o tempo passa por você, êh

Ah, e sai sem eu dizer
O tanto que eu gosto
Me desmancho quando encosto em você, êh

O coração dispara
Tropeça, quase para
Encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro

EU AMEI TE VER

domingo, 6 de dezembro de 2015




' Eu sosseguei
Ontem foi a despedida
Da balada, dessa vida de solteiro
Eu sosseguei
Mudei a rota e meus planos
E o que eu tava procurando, eu achei em você ' 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

"Ficar sem música para ouvir é um ótimo motivo para repensar algumas coisas. Principalmente as da vida. Viajar de ônibus então, é ótimo para notar como algumas coisas estão mudando e nem estamos nos dando conta.
É bom quando passamos por momentos de quebras de rotina e de realidade. Muitas vezes estamos presos em relacionamentos onde tudo importa menos a pessoa. Estamos presos ao conforto, à família, à rotina, aos filmes, aos seriados, menos a quem está conosco. Isso em certo ponto é egoísmo, pois estamos buscando algo falsamente no outro que nos completaria e estamos sendo ou tentando ser cegos às nossas fraquezas de nos descobrirmos sozinhos.
Pois eu resolvi encarar meu ponto fraco de ser uma pessoa sozinha. Chorei, esperneei, vi minha vida de ponta cabeça, chorei, desabafei com mil amigos, porém, também fiz mil amigos, e as crises de ansiedade vieram. Em grande parte pela solidão, afinal, faz toda a diferença do mundo não ter uma bengala para se apoiar. Passar a se apoiar em si mesmo exige esforço. Ninguém me disse que seria fácil.
E é passando por essas dificuldades que fui ganhando e ainda estou ganhando forças. Viajei sem música e refleti sobre minha vida. Os dias foram passando e os choros diminuindo, os pesamentos desacelerando, o mau estar por estar sozinha foi regredindo e agora já até sonho com o sábado que se aproxima, onde poderei passar a tarde vestida como eu quiser, vendo os filmes que eu quiser e sem ninguém para ter que dividir a opinião comigo. Sem eu ter que me deslocar daqui pra ali me preocupando com o que vestir ou como me maquiar.
Cada vez mais o centro dos meus pensamentos sou eu mesma e cada vez menos eu me importo se alguém me mandou mensagem ou não. Se mandou bem, se não, amém. TANTO FAZ!
É isso mesmo, tanto faz... porque viver de emoções é um desgaste. Ah, emoções, são luz e trevas. Nos inspiram e, ao mesmo tempo tiram nossa concentração e destroem dias que teriam que ser muito mais produtivos.
Já que não existe controle sobre elas, o melhor é tentar esquecer. Esquecer um pouco dos sentimentos e focar no lado racional. Não abrir espaço para que emoções que possam ser instáveis entrem. Ter emoção pelo trabalho, pela casa, pela vida particular, mas não por alguém, porque é arriscado, machuca e magoa.
Não abrir espaço para que estas emoções entrem é o mesmo que aprender a ficar sozinho, pois é sozinho que descobrimos o que gostamos e o que não gostamos. Quem somos e quem não somos. O que queremos e esperamos da vida somente por nós mesmos, sem ter que colocar alguém nos planos. Ter a liberdade de pensar em viajar para onde quiser, por quanto tempo quiser e é isso. É necessário aprender a ser livre, pois é aqui que aprendemos e criamos o alicerce para que um dia possamos nos relacionar com alguém. Pois é nos apoiando no alicerce do outro que ficamos sem chão quando o relacionamento termina.
Só que ninguém diz que isso vai acontecer naturalmente e com o tempo.
Sempre me forcei a estar bem sozinha, mesmo me sentindo profundamente angustiada e muitas vezes maluca. Quando parei de forçar e deixei que tudo me dominasse, me notei crescendo e me levantando sozinha sem que eu tivesse que forçar a gostar da minha companhia.
A lição é clichê: Ame-se antes de amar alguém. Mas o óbvio é este: Acontece naturalmente e com o tempo. Basta se esforçar a se fechar um pouco em seu mundo e o resto flui. Imagine que tem que criar músculos em suas pernas e as imagine se fortalecendo a cada dia até que ande sozinho sem se apoiar em ninguém. Aceite a dor e tenha para si de que ela passa. Passa não em um mês ou dois, mas passa. Me ajuda muito pensar que em um ano, com meu esforço, posso ter uma realidade completamente diferente da atual e isso me dá forças para seguir em frente e na direção que eu quiser. Autonomia de escolha. A vida é sua e somente sua. Ninguém se importa mais com ela do que você mesmo, então, ergue-te e levanta-te!
Quando perceber, estará vivendo alegremente, cheio de amigos novos e cheios de planos de liberdade sem que você se importe com a opinião de ninguém além de si mesmo.
E o centro do seu mundo voltará a ser você. Que assim seja."
- Domie Lennon

terça-feira, 1 de dezembro de 2015


Se eu soubesse que seria a última vez teria demorado um pouco mais para achar o endereço, andado um pouco mais devagar talvez. Teria te abraçado mais demorado, quem sabe até contado uma piada boba pra ver o seu sorriso pela última vez, ou até mesmo dito que seu cabelo tava bagunçado só pra te ver 'arrumar' de modo engraçado. Eu queria ter dito mais, explicado mais, ter lhe oferecido mais, mas todo o cronograma previamente feito e ensaiado na minha mente desapareceu. Palavras eram minimamente calculadas para não correr o risco de estragar tudo, e mesmo assim quase aconteceu. No meio da conversa, ou até mesmo monólogo até então, você diz: vou embora!, por alguns breves segundos pensei, ferrei tudo!, foi então que finalmente acabou o seu monólogo e eu comecei um diálogo. Por que parecia tão estranho? Você não era uma pessoa estranha pra mim, você era alguém que eu costumava falar sempre e de quase tudo, alguém que parecia me conhecer tão bem, por que eu simplesmente travei ao lhe ver? Inúmeras respostas eu tenho para essa questão, mas...Voltando ao assunto, eu não mudaria nada daquele dia, talvez só teria cuidado com a timidez, isso mesmo, lhe pouparia tempo e paciência. Sei que sou um fracasso em falar certas coisas algumas vezes, mas é que pra mim as vezes ta tão na cara que acho palavras desnecessárias. Cada parte do meu corpo se comunica, cada olhar desviado, cada tique nervoso ou até mesmo sorriso de lado tem um sentido claro, é só coloca-los em contexto. Corrigindo o início desse texto, não foi a última vez, foi a última vez daquele dia, daquela temporada, mas na verdade aquilo ficou mais como um até logo, volte sempre.

- "E o namorado?” Alguém vai me perguntar. Aí vou sorrir e responder: “Estou solteira!”. E logo depois vem aquela cara de: “nossa, coitadinha”, quando ao meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando: “Parabéns Campeã!” Sabe, realmente não entendo essas pessoas que colocam o fato de encontrar uma pessoa como sendo um dos objetivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. As pessoas se dizem solteiras como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. Existe sim vida na “solteridão”! E das boas. E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só quando você tiver afim. No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteira. Acho até que melhor que antes. Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar meu dia. Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. Gosto de poder dizer sim quando meu amigo me liga na quinta-feira perguntando se quero viajar com ele na manhã seguinte. De chegar em casa com o Sol nascendo. De não chegar em casa as vezes. De conhecer gente nova todos os dias. De não ter que fazer nada por obrigação. De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. De viver. Acredito que todo mundo precisa passar por essa fase na vida. Intensamente inclusive. Sabe, entendo que talvez essa não seja sua praia. Ou talvez você nunca vá saber se é. Eu mesmo não sabia que era a minha, e veja só você, hoje sou surfista profissional. O que percebo são pessoas abraçando seus relacionamentos como quem segura uma boia em um naufrágio. Como se aquela fosse sua última chance de sobrevivência. Eu não quero uma vida assim. Nessa hora talvez você queira me perguntar: “Mas e aí? Vai ficar solteirão para sempre? Vai ser assim até quando?” E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: “Vai ser assim até quando eu quiser”. Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar. E não venha me dizer que aquele relacionamento meia boca seu é algo assim. O que eu espero é bem diferente. Quando se gosta da vida que leva, você não muda por qualquer coisa. Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho certeza que o que chegar será bem especial. E se não vier também está tudo bem sabe? Eu realmente não acho que isso seja um objetivo de vida. Não farei como muitos que se deixam levar pela pressão dessa sociedade. Tanta gente namorando pra dizer que namora, casando pra não se sentir encalhado, abdicando da felicidade por um status social. Aí depois vem a traição, vem o divórcio, a frustração e todo o resto tão comum por aí. Não, não. Me deixa quietinha aqui com minha vida espetacular. Pra ser totalmente sincera com você, a real é que não é sua situação conjugal que te faz feliz ou triste. Conheço casais extremamente felizes e outros que estão há anos fingindo que dão certo. Conheço gente solteira que tem a vida que pedi para Deus e outros desesperados baixando aplicativos de paquera e acreditando que a(o) ex era o grande amor e que perdeu sua grande chance. Quanta bobagem. A verdade é que só você mesmo pode preencher o seu vazio, e colocar essa missão nas mãos de outra pessoa e pedir pra ser infeliz. Conheço sim vários casais incríveis, assim como tantos outros que não enxergam que estão se matando pouco a pouco. Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinha no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia você aprende a surfar. E te digo que quando esse dia chegar, você nunca mais vai se contentar em ficar na areia. Desse dia em diante só vai servir ter alguém ao seu lado se este estiver disposto a entrar na água com você. -

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SEMANA VILLA MIX



Tantos sorrisos por aí, você querendo o meu
Tantos olhares me olhando e eu querendo o seu
Eu não duvido não, que não foi por acaso
Se o amor bateu na nossa porta, que sorte a nossa

domingo, 29 de novembro de 2015



"Uma vez, em um bar, ela me disse: "Neste mundo existe pessoas inamoraveis, e eu sou uma delas"...
Aquilo me intrigou durante toda a noite, uma palavra fora do dicionário que ela usava para se descrever, e por que? A observei enquanto ela, tímida, finalizava mais um copo de cerveja. Eu estava com ela havia quatro horas, quatro horas onde conversamos sobre filosofia, arte, astrologia, cinema e viagens... Quando ela se dirigia ao garçom o bar inteiro parava para vê-la... Tinha seu carro, sua casa e era do tipo que não dependia de ninguém, então por que pensar assim? Teria ela se fechado?
Ela fez uma cara de entediada e me chamou para caminhar enquanto fumava um cigarro, até a saída sorriu e comprimento todo mundo com aquele jeito sapeca de menina do mundo...
Aquilo tudo era muito pequeno e raso para ela, conclui.
Na rua todos passavam apressados, ela se divertia com os animais abandonados, abaixou e entregou sua garrafa de água pró morador da rua, explicou o endereço de uma balada em alemão para um estrangeiro perdido que agradeceu com um sorriso, comprou chicletes de uma criança
E na minha cabeça só ecoava: inamoravel.
Foram horas observando aquela garota, até não Me aguentar e voltar no assunto... Eu queria entender melhor, eu queria uma definição como num dicionário. Então ela pegou minha mão e me puxou para um bar onde tocava uma banda de rock, ficou em silêncio por longos 30 minutos observando tudo até que disse:
- olhe ao seu redor, estamos já a um tempo aqui. Durante esse tempo por nós passou uma garota chorando por que seu namorado terminou com ela ontem e hoje já está com outra, pois acredita que pessoas são substituiveis... naquela mesa tem 10 pessoas e elas não conversam entre si pois estão nos seus smartphones, talvez aquela garota de vermelho seja a mulher da vida do cara de azul, mas ele nunca saberá pois é orgulhoso demais para tentar. Veja o rapaz de pólo no bar, é o terceiro copo de martini que ele toma olhando pra loira tentando chamar a atenção do vocalista que fingirá que ela não existe por causa da ruiva e da morena que ele pega em dias alternados, e ele não pode ficar mal perante as outras.
Olhe ao seu redor, não fazemos parte disso, não somos razos, realmente não fazemos parte disso, entramos sem celular na mão, esperando encontrar pessoas legais, com papos legais, com relações reais e voltamos para casa sozinhos, somos invisíveis num mundo de status onde as pessoas não vão te querer por que você mora longe, ou por que não gostam da sua cor de cabelo ou por que você não curte os beatles, acontece tudo tão rápido que as pessoas estão com preguiça de fazer o mínimo de esforço para conhecer realmente alguém e tudo é medido em likes. Eu passo por essa legião como um fantasma pois eles estão ocupados demais para ver quem está redor enquanto procuram alguém no tinder. E eu me importo? Não mais. Sou inamoravel por que não Me importo com nada disso.. Nenhum desse status, não Me importo em quanto tempo levo para conquistar a pessoa, se ela realmente vale a pena, não Me importo se terei que atravessar a cidade para vê-la quando tiver saudades e não Me importo se ela me presentear com um ingresso pra ir ver o show dos beatles por que é importante para ela mesmo eu detestando a banda. Por que eu sou assim, e se antes era o que procurávamos em alguém, hoje em dia somos considerados inamoraveis por manter o coração e a mente aberta."
Naquele momento eu a entendi, e me apaixonei pelo mundo dela."

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

quinta-feira, 19 de novembro de 2015



Photograph - Ed Sheeran

Nós mantemos este amor numa fotografia
Nós fizemos estas memórias para nós mesmos
Onde nossos olhos nunca fecham
Nossos corações nunca estiveram partidos
E o tempo está congelado para sempre
Então você pode me guardar no bolso
Do seu jeans rasgado
Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem
Você nunca estará sozinha
E se você me machucar, tudo bem querida
Apenas as palavras sangram
Dentro destas páginas, apenas me abrace
E eu nunca te deixarei ir
Espere por minha volta para casa



Talvez nós estejamos só perdendo tempo mesmo, mas quem é que sabe ? Não tem como saber se daríamos certos juntos sem tentar. Mas vale lembrar que tentar é tentar, isso não é garantia que vai da certo. Tentar sem cobranças, tentar até onde der, só até onde for agradável e espontâneo, não por obrigação. Não espere muita coisa de mim, não ache que lhe pediria alguma coisa por egoísmo, você precisa fazer isso, você precisa fazer coisas por nós, a nossa realidade é diferente. Pode ser que a gente funcione juntos, mas pode ser que a gente perceba que o nosso juntos é diferente do que talvez imaginamos. Você já está aqui, é uma realidade, agora precisamos perceber como é a melhor maneira. Talvez deixar as coisas como estão seja o melhor. Deixa que o tempo se encarrega de resolver certas coisas, se é pra existir um possível culpado que seja ele, vamos tirar essa responsabilidade das nossas costas.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

"Um romance chegar ao seu fim é algo digno de lágrimas. Digo isso por que quando a gente investe forças, vontades e esperanças em algo, a gente espera colher coisas boas, mas as vezes tudo que sobra são indeterminações sentimentais e algumas lágrimas, reprimidas ou não.

E não me leve a mal, cada paixão que temos na vida tem seu canto especial, e nos transformou no que somos hoje. Cada pessoa que passa por nossa vida deixa um pouco e leva outro. Somos uma mistura, um bem bolado, de todos que já tocamos e por quem fomos tocados. Nós somos a misturas dos perfumes, dos presentes, das piadas e dos carinhos que um dia já recebemos, sentimos, ou professamos.

Vivi momentos singulares recentemente, e senti coisas que não imaginei sentir novamente. Fui levada a extremos sentimentais, sorri sem mentiras, ri como há muito tempo não o fazia. Sim, fui feliz. Eu experimentei o que é estar nos braços de alguém que te olha como se não houvesse alguém melhor, ou outra pessoa com quem quisesse estar. Eu experimentei do que alguém é capaz para agradar quem se gosta, e experimentei também como é confortante depois de um dia cinza e triste, deitar ao lado do sorriso mais bonito do mundo.

Eu vivi a ansiedade de encontrar o coração desejado a cada tarde, e de trocar piscadas de olho, e rápidos toques de mão, ou um beijinho mandado pelo corredor. Sem contar as mensagens até tarde, e as conversas até amanhecer. Eu experimentei a sensação genuína de estar em sintonia, mesmo que por um curto período, com outro coração.

É raro nessa era da paixão instantânea viver algo assim. É raro encontrar alguém que te deixe leve, despreocupada, e que te faça ser boba junto. Porque estresse o dia-a-dia já nos da de sobra, precisamos mesmo é de bobeira na vida. E eu amei ser boba assim. Eu amei cada brincadeira, e cada risada. Eu amei cada madrugada acordada, por que eu sabia que estar ali era mais importante que qualquer horário no relógio. Eu amei cada momento, e sei que eles foram autênticos.

Mas na vida, nem tudo dura. Nem tudo é pra ser. E chega o momento em que não mais possuímos esse coração conosco. As coisas mudam, os planos mudam, os corações mudam de ideia. E aquele sorriso que brilhava para nós, vai passar a brilhar pra outra pessoa. Aquela mão que um dia combinou perfeitamente com a nossa, amanhã percorrerá outros corpos.

E sim, nos aperta o coração não possuir mais aqueles olhos de comer fotografia sobre sobre nós, ou ouvir as mesmas piadas sem sentido, mas que para a gente sempre são repletas de graça, só por ser ele o dono delas.

Mas eu, caro leitor, eu sou feliz por ter conhecido esse coração, assim como todos os outros os quais já toquei. Sou feliz por ter vivido um pequeno infinito com o dono do sorriso mais lindo do mundo.

Que sejamos felizes por todos os amores que já vivemos. Guardarei sempre as melhores lembranças. Desejando que não houvesse acabado, mas reconhecendo a hora do fim, e admirando-o mesmo assim."

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


Vai ver ninguém nunca vai ser bom o suficiente pra mim enquanto eu quiser você. Enquanto eu comparar todos a você. Enquanto eu te procurar em outra pessoa. Novos romances são tão chatos, sempre as mesmas coisas, mesmo blá blá blá de sempre. Nenhuma conversa parece tão atrativa quanto eram as nossas, nenhuma piada é tão engraçada quanto as suas, nenhum sorriso me encanta mais que o seu. Talvez o problema não sejam as pessoas, seja eu mesma, que vivo nessa busca implacável por alguém, que na verdade já existe para mim. Não é que eu esteja esperando você voltar ou algo do tipo, é que é preferível ficar sozinha a enganar aos outros e a mim mesma. É preciso ficar sozinha e encontrar alguém que faça como você, me encontre do nada, me encante do nada, que seja natural.. mas olha só, olha eu comparando mais uma vez alguém que eu nem conheço ainda com você.


Nós não sabemos como entramos nessa terrível situação
Apenas fazendo coisas sem frustrações
Tentando fazer isso funcionar, mas cara, os tempos estão difíceis
...
Nós não sabemos como entramos nessa bagunça toda
Isso é um teste de Deus
Alguém nos ajude porque nós estamos dando o nosso melhor
Tentando fazer funcionar, mas cara, está difícil

For The First Tima - The Script


Olá
Sou eu
Eu estava imaginando se após todos esses anos
Você gostaria que nos encontrássemos
Para superarmos
Tudo
Dizem que o tempo supostamente lhe cura
Mas eu ainda não fui completamente curada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015


É incrível essa capacidade que você tem de me virar a cabeça, me fazer perder o juízo. Você vem quando dá, quando quer ou quando pode, ainda não sei exatamente, mas vem. Assim como você vem do nada, você some do nada. Isso mesmo, você vem chegando devagar se faz presente e tal, ta sempre por ali e do nada você desaparece, não atende as ligações ou nem ao menos responde as mensagens, Não sei porque ainda 'estranho' tal comportamento, não é a primeira vez que isso acontece, mas por alguns motivo isso ainda me atinge. Vai ver é essa tal carta branca que você tem na minha vida, talvez isso acabe por te dar a impressão do direito de ir e vir quando quiser, mas não abusa ta. Não entenda isso como uma reclamação, cobrança ou algo do tipo, mas essa situação é no mínimo 'chata'. Nunca se sabe quando você está ou não, quando está tudo bem ou não. Entenda, ir e vir é direito de todos, mas sem exageros.

terça-feira, 10 de novembro de 2015


E para as noites de insônia...
É quase de manhã e ainda não dormi, fiquei lembrando o seu olhar..

sábado, 24 de outubro de 2015

Essa noite meu celular vibrou e por alguns instantes eu acreditei que poderia ser você. Aquele costumava ser o horário em que a gente se falava, aquela nossa conversa pra falar de assuntos bobos do dia a dia, aquele breve momento em que nada mais importava, somente o que um dizia para o outro. Quando o celular vibrou pela primeira vez todo o meu corpo estremeceu, me faltou o ar por um breve intervalo de segundos, me transportei para tempos não muito distantes onde eu sabia exatamente quem seria. Acreditei por alguns segundos que seria você novamente, peguei o celular e respirei fundo antes de olhar o visor. Minha razão sabia que não seria você, você é orgulhoso demais pra isso, mas o meu coração acreditava fielmente que seria. De fato não era você, por frações de segundos fiquei decepcionada, mas rapidamente respirei aliviada por não ser você. Isso mesmo, fiquei feliz pela primeira vez em saber que não era você do outro lado da tela, eu estou começando a aprender a te esquecer, estou conseguindo - ou tentando- sumir com as suas lembranças. Em um futuro não muito distante, será como se você nunca tivesse existido. Não meu bem, não se preocupe comigo, eu estou bem, tudo passa, inclusive você.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015


Não é carência, não é interesse ou qualquer coisa parecida, é que hoje eu senti vontade de conversar com você. Senti saudade desse teu riso fácil, das nossas conversas mais bobas e sem sentido as vezes, de quando a gente largava tudo só pra ficar conversando mais um pouco. Senti saudade de você, dos momentos bons que costumavam ser quando estava ao seu lado. Eu só queria te contar de como eu ando me sentindo, te falar de todos os meus medos e agonias recentes, e até uma coisa ou outra boa que aconteceram. Queria poder desabar em seus braços e te pedir socorro sem ter que falar nada exatamente. Você me entende, me interpreta quase que perfeitamente, me entende por cada expressão facial, por cada tom de voz um pouco conturbado, percebe em mim o que eu me esforço tanto pra esconder as vezes. Eu só queria largar por alguns minutos toda essa armadura que esconde o que ta acontecendo exatamente, queria jogar limpo comigo mesma, queria ser eu mesma sem disfarçar nada, desabar em teus braços e só esperar que tudo acabasse. Sentir o teu conforto, a doçura da tua voz e ouvir as palavras certas..Era só isso, será pedir muito? Sinto saudade do que você era pra mim, do que eu conseguia ser com você, e principalmente, do que eramos juntos. O céu era o limite, os sonhos e planos ultrapassavam qualquer barreira..enfim, eu só senti saudade. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Mais um dia triste
Me pego outra vez pensando em você
Não dá pra evitar
O seu olhar me disse
Que ainda há tanta coisa pra se entender
Pra que controlar

Paz, é tudo que eu venho tentando encontrar
Mas, me vem a saudade fazendo lembrar

Tentei evitar
Tentei esquecer tudo o que me lembra você
Tentei não te amar
Mas olho no espelho e nada de me reconhecer
Só vejo você...em mim

Se bate um desespero
No mesmo instante o que eu quero é você
Pra me abraçar
Já não importa o tempo
Não tenho medo de me arrepender
Não vou controlar

Paz, é tudo que eu venho tentando encontrar
Mas, me vem a saudade fazendo lembrar
Não é que eu seja fria, insegura ou insensível, eu sou apenas vestígios do que já fizeram comigo. Sou o resultado da soma dos meus relacionamentos fracassados. Carrego no peito marcas de amores 'sofridos' e paixões avassaladoras. Eu não era assim, eu fiquei assim. Eu sou o que sobrou depois de tanto 'apanhar', sou um pouco de cada um que se foi da minha vida. Carrego comigo mágoas de algumas pessoas, não nego, de outras carrego até um pouco de saudade, já outras eu descarreguei pelo caminho. Não permito, ou deveria não permitir, pessoas que ficam entrando e saindo da minha vida o tempo todo, pessoas inconstantes e de difícil compreensão, mas vale lembrar que estas só fazem isso até quando eu deixar. Sou as marcas que cada um deixou em mim, pena que nem todas foram positivas.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

"Hoje me perguntaram se ainda havia amor, então por uma fração de segundos, fui capaz de lembrar de tudo que já vivemos, como a primeira vez que nos vimos e era nítido a vergonha de ambas as partes, como senti aquele frio na barriga a primeira vez que te beijei, ou como foi a sensação de ouvir sua voz. Minha resposta foi clara e sem delongas: SIM, eu ainda o amava, mas era o amor que havia ficado depois de o amor ter acabado, ou melhor: a gratidão, entende? é exatamente isso. Eu o amava pelos momentos únicos que tive, mas principalmente, o amava por tudo que fui capaz de aprender. Tanto com o amor, como com a dor."
- KamillaHewitt

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Ando me dedicando a mim nos últimos dias, minha única e exclusiva preocupação é com a minha felicidade e bem estar. Ultimamente eu fui o centro das atenções, das minhas atenções. Fiz tudo que estava devendo a mim mesma, me cuidei, me coloquei em dia. Ficar bem consigo é o primeiro passo para um recomeço, para um BOM recomeço. Algumas vezes é preciso se afastar um pouco de tudo para ter uma visão melhor das coisas, observar detalhes que antes pareciam não existir, perceber pequenas coisas que fazem uma enorme diferença. Todo começo é difícil, mas hoje eu já posso dizer que eu estou bem melhor, afinal, tudo passa. Tudo muda meu bem e também qual é graça se não mudar?

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Achei que sempre seria muito fácil escrever de você, para você, mas dessa vez é diferente, você me pediu para escrever. Eu não sei por onde começar, o que de fato tenho que falar, ou como devo me expressar.
Sei que algumas vezes, ou muitas vezes, pode parecer que eu carregue coisas "ruins" de nós.. A verdade é que era só "raiva", raiva por ter te perdido, raiva por não ter tido a chance de tentar, raiva por você não me deixar falar e muito menos me escutar, raiva de como tudo aconteceu. Carrego muito de você comigo, da nossas breve história, dos grandes ensinamentos. Trago em mim marcas de um breve amor, marcas de uma paixão inusitada. Você não foi alguém que me fez mal, você me fez bem, me fez ver coisas que eu já não via mais, me fez querer coisas que eu fugia, me deu cor onde tudo estava meio preto e branco. Não pense em momento algum que me fizeste algum mal, reclamar de tudo e falar coisas ruins fazem parte de um fim de relacionamento não planejado.

O tempo me fez perceber que o fim de um relacionamento, mesmo que breve, deixa marcas..sejam elas boas ou ruins, mas ficam. Aprendi a 'lhe ver' com outros olhos, mas mantendo aquela mesma admiração de antes e o mesmo brilho dos olhos. Você é aquele tipo de pessoa que é sempre bom ter por perto, seja como for. Eu poderia lhe dizer algumas coisas mais, mas não vem ao caso, não aqui, não assim. Saiba que seja como for, lhe carrego comigo. 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"Não pretendo te contar sobre minhas lutas mentais. Você terá nas mãos minha simplicidade e minha leveza, que podem não ser totalmente verdadeiras, mas foram criadas com muito carinho pra não assustar pessoas como você. Não vou ficar falando sobre a complexidade dos meus pensamentos, minha dualidade ou minhas dúvidas sobre qualquer sentimento do mundo. Vou te deixar com a melhor parte, porque eu sei que você merece. Guardo pra mim as crises de identidade e a vontade de sumir. Não vou dissertar sobre minhas fragilidades e minhas inseguranças. Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza, mas só pra ganhar um pouquinho mais de carinho. Ofereço meu bom humor e minha paciência e você deve saber que esta não é uma oferta muito comum.A única forma de jamais perder a felicidade é deixando-a guardada nas mãos de Deus! Sei que minhas lutas algumas são motivos pra tudo dar errado. Mas também sei que tenho um Deus que pode fazer tudo dar certo. E a Ele sua graça me basta"

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

" O que somos nós se não a bagagem resultante de experiências mal sucedidas? Ora, mas é claro: aprendemos mais com os erros que com os acertos. É raro que amadureçamos a partir de momentos felizes, já que estes não exigem esforço. Percebem? Se as coisas vão bem, nada precisa ser feito: não nos é exigido qualquer tipo de sacrifício ou reflexão acerca do que se passa, e permanecemos, simplesmente, deleitando-nos diante de nossa satisfação, condenados a uma inércia que nada acrescenta às nossas vidas.
Não pretendo, aqui, desenvolver uma espécie de “apologia ao sofrimento”, muito menos insinuar que a felicidade seja um estado de espírito desimportante. Minha reflexão, na verdade, vai no sentido de demonstrar a essencialidade da dor. A necessidade de, ao nos depararmos com problemas, termos discernimento suficiente para entendermos que eles existem, justamente, para serem não só solucionados, mas, principalmente, compreendidos.
No filme “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind), dirigido por Michel Gondry e lançado em 2004, o personagem de Jim Carrey, Joel, após vivenciar uma desilusão amorosa com Clementine (Kate Winslet), decide submeter-se, num ato desesperado, a um tratamento experimental – tratamento este a que Clementine, inclusive, já havia se submetido -, por meio do qual seriam retiradas de sua memória todas as lembranças relacionadas à garota.
Parece sensato, sob algum ponto de vista, que nos decidamos, meramente, por fugir de nossos infortúnios? Aos olhos dos mais temerosos, talvez. Mas a vida não cede espaço aos espantadiços: ela pertence aos destemidos. Pertence aos que têm coragem de manter a lucidez diante das desventuras e de procurar, de forma sensata, o caminho mais acertado para atravessá-las. E quando digo “atravessar”, me refiro a um processo extremamente complexo de decadência e ascensão, no qual devemos nos permitir chegar ao que chamam de “fundo do poço” (não no sentido de martírio, mas de persecução do cerne do problema que nos afeta), a fim de que cavemos profundamente a sequência de equívocos que nos levaram àquela situação e, posteriormente, encontrar um modo de nos livrarmos do sofrimento e, especialmente, aprender a não cair nas mesmas armadilhas novamente.
A beleza de nossa experiência humana reside, justamente, no desenvolvimento de nossa capacidade de restabelecimento. E mais: ouso dizer que não só a beleza, como também o propósito. Uma vida sem erros é uma vida sem futuros acertos; uma vida sem lágrimas é uma vida sem posteriores sorrisos; uma vida sem angústia é uma vida sem horizonte de redenção. É preciso que caiamos primeiro, para aprendermos a levantar.
Joel acovardou-se diante de um golpe que nos é necessário vivenciar: o dos encontros que não funcionam, por motivos que extrapolam nossa vã compreensão. O segredo não está em forçar um esquecimento, tampouco em tão somente “virar a página”: o brilho eterno acha-se nas mentes que a viram tendo-a lido inteira, com a percepção madura de que toda e qualquer pessoa que passa por nossas vidas traz-nos algo único e ensina-nos coisas que nenhuma outra poderia ensinar-nos. Já dizia Vinícius de Moraes que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”.
Tornamo-nos quem somos graças às nossas lembranças, boas e ruins, e jamais devemos nos esquivar de qualquer delas. É preciso que saibamos nos reconstruir com os grãos deixados quando nossos castelos de areia desmoronam. Sábio era Guimarães Rosa, que sabia que “viver é um rasgar-se e remendar-se”."

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sempre tem alguém que tem carta branca no seu coração, talvez você seja uma dessas pessoas na minha vida. Tem sempre alguém que não importa o que faça, não importa o tempo longe, sempre terá um lugar especial na sua vida. Aquela parte boa da sua história, aquela que sempre da vontade de reviver mais uma vez. Você é aquela pessoa que eu quero por perto independente do que aconteça, é aquela pessoa que eu quero ver feliz seja como for, talvez com 1 ou 2 exceções..Sempre haverá novas pessoas, novas histórias, novos romances, mas sempre existe uma pessoa com passe livre, uma história preferida e um romance mais doce.. enfim, o que quero dizer é que você é aquela parte da história que eu retomaria a qualquer momento da minha história. Pra ser sincera, eu ainda penso em você.

domingo, 9 de agosto de 2015

"Você perdeu a menina que viajaria de ônibus pra te encontrar em um bairro que ela nunca ouviu falar, que depositaria todas as fichas só pra que esse amor que ela sentia por você desse certo. Uma menina que se molharia na chuva só pra te dar um pouco mais de espaço debaixo do guarda-chuva, que estaria disposta a te acalmar em um abraço, a cuidar de você como sempre quis ser cuidada. Uma menina que, outro dia, depois de mais um engano, disse que definitivamente daria um tempo pro amor, e então te encontrou e a promessa não fez mais sentido. Ela iria lembrar o dia do teu aniversário e iria colocar nos lembretes importantes do celular só pra não esquecer de te preparar uma surpresa. A menina que, ao se despedir de você, passaria um tempo pedindo pra que você chegasse em casa bem e só dormiria tranquila ao ouvir a tua voz dizendo: Já cheguei amor.
Você perdeu a menina que te passaria protetor solar - com as mãos mais macias que você já sentiu - quando vocês estivessem em uma daquelas viagem pro litoral -, e nem se importaria com os saradões de sunga branca que estivessem passando por ali. Você perdeu a menina que levaria remédio na bolsa porque antes de sair de casa você deduziu que talvez fosse ficar gripado. Você perdeu a menina que nunca teve medo de cortar o cabelo, nunca teve receio de mergulhar de corpo inteiro, que trocaria o vinho francês por uma cerveja, que sussurraria em teus ouvidos no silêncio do quarto, vestiria a sua cueca com cor de mostarda e sairia andando pela casa pra te provocar, e vestiria a sua regata como roupa de dormir. Ela iria topar acampar com você, tomar banho de rio, iria te deixar tranquilo e te ensinaria a não ligar tanto pro que os outros pensam. Ela iria te encorajar a finalmente ir na montanha russa, a provar pimenta no almoço e te ensinar a jogar baralho levantando só a sobrancelha direita. Mais do que sua parceria, ela seria sua companhia, seu conforto nos dias difíceis e sua morada. Você perdeu a menina que nunca escondeu os seus defeitos, que te daria dicas de moda e que, finalmente, falaria na tua cara que bermuda cargo e camisa polo listrada não combinam.
Você perdeu a menina que iria sorrir de você, com você e pra você. E mesmo que as coisas não dessem certo, ela estaria com você no final do dia. Talvez, o seu medo foi perceber que ela não faria tudo por você, que não viveria só pra você e nem atenderia todos os seus caprichos, porque no final das contas, ela não estaria sendo ela e quando percebesse a tamanha burrice que é viver a vida do outro e esquecer da própria vida, ela deixaria de te completar, porque tudo o que ela pretendia, na verdade, era somar. Ela iria te enxergar lentamente enquanto todas as outras pessoas te enxergariam rápido demais. Ela encostaria o seu mundo ao teu, esqueceria CD's, brincos, pulseiras e sandálias na sua casa só pra depois ter motivos pra voltar, dançaria com a tua tia na festa de aniversário do teu sobrinho de 4 anos. Ela te beijaria a testa com ternura, te roubaria vários beijos, você estando acordado ou dormindo. Ela te faria cafuné mesmo sabendo que você odeia que bagunce o seu cabelo, apertaria as suas bochechas e a sua bunda de vez em quando só pra ver você olhar com uma cara abusada pra ela. Ela seria o teu melhor sorriso ao acordar pra um café da manhã com pão francês, iogurte e cereais. Ela iria ameaçar chutar o teu saco quando você falasse bobagem e iria rir da cara de dor que você faz mesmo sem tê-la sentido. Ela iria te olhar de todos os ângulos, aceitar os teus defeitos internos e os físicos também. Ela iria sustentar o mundo com um só sorriso, te faria esquecer os problemas com um só olhar, nem que fosse enquanto estivesse ao lado dela.
Você perdeu a menina que iria se despojar no teu sofá, que te doaria o colo, te olharia com tamanha doçura, deixaria a escova de dentes ao lado da tua e quando você menos esperasse, iria te surpreender no almoço do sábado com um receita que aprendeu no Youtube. Você perdeu a menina que te faria perceber o quanto teu mundo mudou pra melhor desde que ela resolveu entrar. Você perdeu a menina da sua vida."

terça-feira, 4 de agosto de 2015


De vez em quando ainda me pego distante, viajando para tempos mais fáceis. lembro do seu sorriso numa tela mascarada pela pouca qualidade da imagem. Ainda assim. Mesmo assim. Brilhava.

Eram tempos esquisitos, onde primeiros encontros não mais aconteciam na sala de estar. Nomes estranhos, conversas tediosas e a perda de tempo tornava tudo preto e branco. Você veio com a cor
.
Foi bom. Estava acontecendo mesmo? Eternidades aconteciam dentro de 24 horas. Ligações. Mensagens. Sorrisos. O dia parecia longo ou encurtava. Não havia lógica. Não havia como não ser.

E foi.

Sei que você procurou meus olhos no rosto errado. misturou sabores na memória para imagina como seria o gosto do meu beijo. Se imagino rindo na minha boca. Procurou saber qual o cheiro do perfume que eu usava e imaginou se eu me arrepiaria quando você o sentisse no meu pescoço. Sei sim. Ah como sei.

Esses detalhes tornavam corpóreo o que só as palavras podiam ilustrar, mas nunca traduzir.

É nesse momento que acaba o filme. As lembranças se vão como uma música que passa no toca fitas do carro. Vida que segue. Cuida de mim. Morena. Bem-te-vi. Boto fé.

O destino se fez presente, deixando tudo no passado. Passado. Como culpá-lo? Afinal, foi ele que nos apresentou.

Agora cante, sorria, corra, viva, grite, se cale. Não se anule. Seja. Sempre na imensidão dos infinitos haverá um tempo de se lembrar daquele tempo. Foi como o pôr-do-sol do alto de um farol.

- Thizah Maciel

domingo, 12 de julho de 2015

As vezes queria esquecer aquela noite do dia 7 de março, o tal dia em que te conheci. Mas aí eu paro, penso e logo mudo de ideia. Logo entendo que você é dois extremos, primeiro você me mostra que eu ainda sou capaz de me apaixonar por alguém e logo depois me mostra que tudo pode virar fumaça de uma hora para a outra. Você foi pra mim aquele BAM que tava faltando sabe, aquela fase da minha vida que iria me explicar coisas para entender todo o resto. Vez ou outra posso até querer esquecer tudo, mas lá no fundo eu sei que tudo serve de lição, e você me deu 2 grandes lições. Então, que seja...

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Existem dias que eu simplesmente não queria ver ninguém, ficar no meu lugar e esperar que tudo que me tira o riso desapareça. Já em outros momentos eu quero simplesmente alguém que fique do meu lado, que não me faça muitas perguntas, que simplesmente esteja comigo. Tudo tem seu tempo, eu sei e confio nisso, afinal a gente se agarra aquilo que nos conforta melhor.
É como eu sempre digo, não é uma vida ruim, são apenas dias ruins. É preciso caminhar no escuro que é pro sol brilhar mais forte quando surgir

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Tempos depois resolvi te escrever mais uma vez, não para tentar mudar algo, mas porque eu acho que estou de fato precisando. Por que escrever depois de tanto tempo? porque hoje foi mais cruel que os outros dias, hoje eu não tive apenas uma lembrança sua, tive uma enxurrada delas. Levei tapas, socos e ponta-pés de lembranças suas. Sabe as coisas que te lembram alguém? então, todas parecem ter se manifestado hoje, uma espécie de teste, algo que me tirou o sossego que tanto demorei a encontrar. Tenho me mantido focada em ocupar, ocupar o tempo ocioso, ocupar a play list de um modo a não pensar tanto em você, ocupar-me de algum modo para tentar não ser massacrada pela falta. Acho que já não é saudade, porque saudade a gente mata, o que tenho de você é falta mesmo. As vezes paro pra pensar e me percebo que já se passaram mais de 1 ano, quanta coisa aconteceu, não sou muito boa com datas mas me lembro de tudo, como aconteceu, o primeiro eu te amo meio torto no meio de uma mensagem durante a madrugada, a 1ª vez que de fato eu consegui falar. Lembro do 1º fora que você me deu, você sabe do que estou falando, do modo como falava: eu só quero fazer as coisas do jeito certo, não to lhe dando fora. Lembro de quando me ligou pra dizer que vinha para cá e eu mais uma vez fico sem ação, calada e você surtando do outro lado da linha todo lindo. Lembro dos meus surtos, dos seus, acho que lembro de quase tudo que remete a mim, a você, a nós. Sei lá o que você pode ta pensando lendo tudo isso, mas enquanto estou aqui escrevendo to num momento bem nostálgico. É inevitável abrir o skype e os meus olhos não 'caçarem' o seu nome na lista de onlines, parece que aquilo perdeu a utilidade pra mim. É quase impossível não lembrar o seu rosto naquela tela arrumando o cabelo de maneira estranha, cantando, tocando, até mesmo usando sua bombinha. As marcas dos meus dedos ainda estão na tela de tanto que eu ficava 'acariciando' o seu rosto. E o que falar da estranheza que é levantar 5:00 da manhã e não ouvir o seu grito de bom dia, porque acho que você é a única pessoa pessoa que acorda essa hora da manhã tão feliz, a única pessoa que me arrancava sorrisos bobos antes da 7:00 da manhã, juro que achava que isso era humanamente impossível, ai veio você. Algumas vezes acho que não te disse tudo que significava para mim, do medo enorme que eu sempre tive perder você. E quantas vezes você tentava e tentava me arrancar alguma palavras e eu não conseguia né, mas lá no fundo você sabia que eu sentia, você sempre coube tudo, mas acho que falar as vezes é essencial também. Pode parecer ridículo, mas eu ainda fantasio o nosso encontro, uma das páginas dos meus favoritos ainda é a de venda de passagens aéreas, economizar nunca foi comigo mas ainda me pego policiando porque nunca se sabe quando vai precisar, o meu inconsciente ainda se ocupa com tudo isso mesmo sem que eu perceba. Como ouvir a palavra 'Momozim', ou até mesmo a música, e não lembrar de você? impossível né, você  detesta essa música mas te fiz ouvir tanto que até ria vez ou outra. E o flamengo? estranho vê-lo jogar e não comentar com você e dizer que ia fazer o favor de torcer para ele só pra te fazer feliz. Eu poderia passar linhas e mais linhas dizendo das coisas que me fazem lembrar você, mas não creio que seja necessário. Comecei a escrever porque estava sentindo muita falta de você, e parece que quando escrevo e vou lembrando das coisas de alguma forma me aproximo de você de novo. Eu sei que é estranho sentir tanta falta de alguém que nunca vi, que foi tão 'pouco' tempo, mas afinal toda nossa história foi meio estranha mesmo né?! Agora você consegue entender porque eu era/sou tão fechada? Eu não sou boa com fins, e a verdade é que eu queria tentar de novo, recomeçar, retomar -dê o nome que você quiser - nossa história, pegar o primeiro avião e ir te encontrar pra te falar tudo que eu tenho preso em mim até hoje. Não sei, mas como você disse uma vez, o mundo dá muitas voltas, e algo em mim ainda acredita que ao menos vou te ver, dá um rosto e um cheiro a minha saudade. 
A verdade é que existe muito de você em mim, eu não terminei de amar você.
- Alguns infinitos são maiores do que outros. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Nós terminamos no estacionamento de uma pizzaria. Ele queria casar. Queria filhos, um emprego decente e um quintal grande para ter cachorros. Eu queria Nova York. E Londres. Talvez a Tailândia por um ou dois anos. Queria escrever e morar num apartamento horrível e viver uma paixão desajustada. Eu tinha acabado de fazer 21 anos e ainda não queria algo tão fácil.
Pedimos uma pizza para viagem, sentamos no carro dele e comemos em silêncio. Preferimos isso a pagar o serviço e ouvir a rádio horrível dos anos 90 que tocava dentro do restaurante, ou talvez fosse simplesmente melhor comer em silêncio.
“Tem alguma coisa errada”, eu falei.
“Erraram o pedido?”, ele perguntou preocupado, me lembrando porque eu amava ele.
“Não. Não com a pizza. Com a gente”, eu falei.
Sobrou um pouco de molho no queixo dele. Limpei com o dedo, mesmo sem saber se deveria. Chorando, nos prometemos várias coisas impossíveis, com a pizza não-comida gelando nos nossos pés. Quem sabe em alguns anos, falamos. E eu acreditei nisso por mais tempo do que deveria.
Foi minha justificativa para, três meses depois, espiar o perfil de Facebook dele durante uma madrugada. Eu me prometi que só queria saber se eles estava bem. Eu me convenci que só queria saber se ele tinha conseguido um emprego. Sabe, checar se está tudo bem com os pais deles. Sempre havia um motivo para visitar o perfil dele.
A primeira foto deles juntos foi tirada em uma festa. Acho que era uma festa pelo copo de plástico na mão dela e o sorrisinho meio bêbado dele – aquele do qual eu tanto tirava sarro. Ele segurava ela pela cintura e enquanto eu olhava para a tela do computador, tentei não me lembrar de como eu me sentia quando ele colocava a mão na minha cintura. Talvez eles sejam só amigos. Será que eles já se conheciam enquanto namorávamos? Fiquei pensando se já tinham dormido juntos.
Eu me lembrei que não tinha o direito de me importar com isso. Mas eu me importei. Eu fechei o laptop com tudo. Já tinha me torturado o suficiente por uma noite. Mas assim que eu dormi, sonhei com ele.
Era inverno. A neve estava suja no estacionamento da loja de conveniência onde compramos papel higiênico. Estávamos encostados no carro e eu sentia que estava congelando. Ele respirou perto de mim, aquela nuvem de ar quente me aquecendo. Como em qualquer sonho desse tipo, a história não fazia sentido algum. Por que estávamos parados e não andando? Por que estávamos dirigindo o carro da minha mãe em vez do dele? Por que ele estava sem casaco? Por que ainda estávamos juntos?
Eu tirei minhas luvas e coloquei as mãos por baixo da camiseta dele, procurando seu peito. Ele sentiu arrepio e sorriu para mim.
“Eu só estou aqui para aquecer suas mãos, né?”, ele disse.
“Talvez”, eu dei uma risadinha.
Acordei com frio, procurando por ele na minha cama.
O momento depois de acordar sempre foi o pior de todos. Naquele momento, eu sentia que o sonho era real, que talvez a gente nunca tivesse terminado. Naquele momento em que eu voltava a dormir, desejando mais do que tudo colocar minhas mãos no peito dele. Aquele momento em que eu lembrava quão fácil era amar e ser amada e que parecia impossível que aquilo não fosse mais o caso.
Eu peguei meu celular no criado-mudo e dei uma olhada no Twitter. Eu precisava estar com ele, do jeito que fosse. Lendo os posts dele, conseguia ouvir a sua voz. Eu imaginava ele dando risada das próprias piadas antes de postar e sorria pensando nisso. Eu ouvia tão bem a voz dele que por um minuto nem me senti tão sozinha.
Seis meses depois de terminar, outra foto surgiu: ele e a garota do copo de plástico num jogo de baseball. Senti um nó no estômago quando entendi que ela se tornaria alguém presente na vida dele. Olhei aquela foto, cada um segurava uma bebida. Me perguntei se ela gostava de esportes ou só estava lá pela cerveja e pelos cachorros quentes, como eu. Ou se ela adorava olhar a calça justa dos jogadores, ou falar do pessoal bêbado em volta dela. Ou se eles estavam se divertindo.
Vendo eles juntos, com aqueles sorrisos sinceros e copos cheios, ainda assim não entendi que ele tinha superado. Talvez em alguns anos – eu sempre lembrava daquela promessa com facilidade. Eu não queria ele agora, mas isso não significava que eu não poderia ter ele nunca mais.
Eu não conseguia aceitar que ele podia se apaixonar por outra enquanto eu ainda o amava. Naquela época, eu não entendia que o amor podia ser algo tão platônico. Eu não conseguia imaginar que ele falava para ela coisas que tinha falado para mim, ou que olhava para ela do mesmo jeito que me olhou um dia.
Estava tão iludida que sentia dó dela. Aquela coitada que tinha um namorado que amava a ex. Engraçado como é fácil acreditar no inacreditável para não se magoar.
Eu pensava nele deitado na cama, olhando para o teto, desejando que aquela garota ao lado dele fosse eu. Era mais fácil imaginar que ele não conseguia dormir, me procurando pela cama, do que acreditar na real: que ele não estava pensando em mim.
A internet me contou várias coisas sobre ela. Que ela era linda e inteligente. Que ela era sociável e tinha um sorriso doce. Eu queria odiá-la, mas não conseguia. Ela tirava fotos com crianças e sorria de forma muito sincera. Ela ria de um jeito que me parecia autêntico. Ela parecia uma daquelas mulheres que não demora para se arrumar.
Olhava para a foto do perfil dela e depois para a do meu, tentando sair de dentro de mim e ser um juiz justo comparando nós duas. Olhava para nossos perfis e via tudo que a gente tinha em comum, e tudo que a gente não tinha. Meu rosto é mais angular que o dela, meu cabelo é menos loiros. Meu sorriso não é tão espontâneo, a não ser nas fotos em que eu estava com ele. Ela fazia mais trabalho voluntário que eu, mas eu parecia sair mais. Ela parecia vir de uma família com dinheiro, e eu parecia viver de roupas de doação e uma lista de supermercado enxuta. A gente tinha nossas diferenças, mas também tinha similaridades óbvias: amávamos nossas famílias, nossos amigos e o mesmo cara.
Foram meses assistindo eles se marcarem em fotos até a mudança do status de relacionamento. Eu sofria vendo eles trocando piadas internas no Twitter e especulava do que eles estavam falando. Percebi quando ela ficou amiga das irmãs dele e tirou fotos com a sogra. Fui a espectadora da viagem de férias dele, enquanto ele usava um relógio que foi presente meu. Vi eles dirigindo juntos no carro em que nos beijamos - o mesmo carro em que terminamos.
Eu vi o relacionamento deles chegar a fases que o nosso tinha chegado, e a fases que não tinha.
Eu me perguntava se eles brigavam. Me perguntava se o que ele fazia que tanto me irritava também incomodava ela. Me perguntava se ela também queria o quintal grande e o emprego estável.
Sim, eu poderia parar de acompanhar eles a qualquer momento, mas era um vício. Eu queria saber o que ia acontecer. Se eles iam dar certo. Ou, talvez, se não iam.
Apesar de me torturar tanto, nunca falei com ele.
Eu ainda queria Nova York. E Londres. E talvez a Tailândia por um ou dois anos. Nada tinha mudado. Mas eu gostava de ver as fotos daquele dentucinho. Eu gostava das caras bobas que ele fazia quando não estava pronto para a foto. Ele me lembrava de como era me apaixonar, e eu gostava disso.
Nós estávamos em caminhos opostos, mas eu ainda sentia uma atração inexplicável por ele. Era tão bom ter ele ali, tão acessível, mesmo se ele não estivesse de fato.
Eu não me achava uma stalker, mas talvez eu fosse – espiando a vida feliz de alguém por uma janela virtual. Acho que pensava que, só por vê-lo na tela do computador, de alguma forma ele ainda era meu e talvez eu não estivesse sozinha e talvez alguém me amasse. Talvez ele também estivesse espiando minha vida.
Com o passar do tempo, entrei menos no perfil dele. E quando eu entrava, não doía mais tanto. Ao contrário, passou a ser quase um tédio, uma dor familiar que deixa cicatriz, mas você sente mais a dor pela lembrança do que por qualquer outra coisa.
Comecei a conseguir passar uma hora sem pensar nele. Depois foram algumas horas, um dia, uma semana, um mês.
Hoje, quando entro no perfil dele, quase não sinto mais nada. Tenho orgulho quando algo de bom acontece na carreira dele, e fico triste se alguém morre. Fico feliz por ele estar apaixonado. Fico feliz que a garota do copo de plástico encontrou um homem tão bom.
Talvez hoje ele seja diferente. Não dê aquele ronquinho quando ri ou não faça sanduíche de pizza antes de comer. Talvez eu não conheça mais ele. Ainda assim, entrar no perfil dele me lembra de como fui capaz de amar e que sou digna de ser amada. Eu me lembro de que quando você realmente se importa com a outra pessoa, você nunca realmente a esquece.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Uma vez,
uma namorada terminou comigo.
Perguntei:
“O amor acabou?”
Ela respondeu:
“Não”.
Eu:
“Então, por que terminar?”.
Ela:
“Porque esse amor
não quero”.
Perguntei:
“Qual amor você quer?”.
Ela:
“Quero me jogar de um precipício,
sem saber se lá embaixo vai ter alguém para me segurar.”
Porra, isso é hora de poema?
Quem está terminando,
você ou a Clarice Lispector?
Na hora, fiquei puto.
Eu disse:
“Você poderia ficar perto da janela?”.
Ela:
“Pra quê?”
Eu:
“Quero te jogar daqui”.
Hoje, finalmente,
entendo o que ela quis dizer.
Existem amores que fazem sofrer.
Existem amores corruptos.
Existem amores que agridem
verbalmente, fisicamente,
que não conversam,
que não passam pelas quatro estações,
que ficam sempre no inverno.
Existe amores sem fidelidade,
acomodados e
que ficam pela metade.
E existem amores
que se respeitam,
fazem rir, cantar, dançar,
que nos fazem ser mais corajoso do que nunca.
Existem amores que as pessoas se entregam.
Existem amores
que pega seu mundo
e vira do avesso.
Existem amores
em que dois se tornam um.
Então,
basta escolher.
Qual amor você quer?

-Ique Carvalho-
"Poucos dias antes do dia dos namorados,
minha namorada terminou comigo.
Eu fiquei sem entender.
Voltei pra casa e durante todo o caminho me perguntava:
“Por que?”.
A única coisa que vinha na minha cabeça
era a voz dela dizendo:
“Eu amo você”.
Eu passei um mês sofrendo
procurando respostas para o que estava acontecendo.
Um dia, entrei no quarto do meu pai chorando e perguntei:
“Pai, ela dizia que me amava.
Então, por que ela terminou comigo?”.
Ele respondeu:
“Meu filho,
Quando alguém entra na sua vida
e depois de algum tempo vai embora,
pode ser qualquer coisa
menos amor”.
Eu disse:
“Não da para entender.
Um dia, existe amor e no outro tudo acabou”.
Ele respondeu:
“Você nunca vai superar seus traumas
se continuar procurando no amor uma lógica.
Construa uma nova história”.
Eu perguntei:
“E de onde vem essa força pra começar algo novo?”
Ele respondeu:
“Não se preocupe com isso.
Todo começo vem de um final”.
Uma semana depois,
meu pai foi diagnosticado com uma doença rara e degenerativa
que iria matá-lo em alguns dias.
Minha mãe não o abandonou.
Ela ficou.
Meu pai saia toda sexta para comer pizza com dois irmãos.
Quando ele parou de andar,
meus tios começaram a trazer a pizza aqui em casa.
Eles diziam:
“Sem o seu pai, não tem graça”.
E ficavam a noite inteira dando gargalhadas.
Hoje, meu pai não consegue mais comer.
Mesmo assim, toda sexta meus tios passam aqui em casa.
Meu pai estudou em Ouro Preto-MG.
Na formatura ele combinou com três amigos
de se encontrarem de cinco em cinco anos.
Este ano, meu pai não pode ir porque ele não anda mais.
Os amigos dele saíram do interior de Minas e vieram até aqui em casa.
Todo formando tem uma foto pregada na parede
na república que estudou.
Os amigos do meu pai trouxeram a foto dos quatro.
Pregaram a foto de cada um na parede do quarto e disseram:
“Agora, a nossa república é a sua casa”.
E combinaram que daqui cinco anos estariam de volta.
Meu pai chorou.
Meus pais completaram 47 anos de casados dia 2 de junho.
Eles sempre dançaram nesse dia.
Meu pai não consegue mais se levantar.
Minha mãe entrou no quarto
e colocou a música que eles dançavam.
Ela disse:
“Meu filho, traz a cadeira de rodas”.
Eu perguntei:
“O que você vai fazer?”
Ela respondeu:
“Vou fazer o que seu pai faria por mim”.
Eu busquei a cadeira de rodas.
Minha mãe colocou meu pai na cadeira.
Ela ajoelhou ao lado dele
e disse:
“Vamos dançar”.
Abraçou meu pai e fez a cadeira girar.
Ela ficou ajoelhada a música toda.
Meu pai chorava e ria ao mesmo tempo.
Eles ficaram ali dançando e se divertindo.
Eu voltei pro meu quarto chorando.
Abri o notebook e resolvi escrever esse texto.
Porque eu vejo o mundo distorcendo
ou complicando demais o amor.
Um monte de gente dizendo
fique com alguém que faz isso, que faz aquilo,
que te de isso, que não sei o que mais.
Esse monte de regras e exigências,
são coisas criadas pela cabeça.
E, meu velho, não sei se você sabe
mas o amor é criado pelo coração.
O resto, é ilusão.
Então, acredite.
O amor, amor completo
é quando você quer o outro sempre perto.
Só isso."

-Ique Carvalho-

segunda-feira, 8 de junho de 2015

"A verdade é que tá foda. Ontem descobri que o amor da minha vida encontrou o amor da vida dela. Quando vieram os papos de aliança dourada, eu quis desconversar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: ‘Esquece de vez. Ela vai casar’. Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o caralho que for. Falo de perder o chão, as estribeiras, entender o que é dor. Depois da notícia busquei meu altar e sequei duas garrafas de whisky. Não encontrei alívio algum. Escutei dez ou cem músicas de fossa. Nenhuma pareceu dizer o que eu queria dizer, o que eu queria escrever, o que meu coração precisava gritar. Se eu começar a falar de sexo, aí é que a coisa fica feia. Ela transformou um menino em homem. Me dizia o que queria e como queria. Me ensinou o que a língua faz enquanto as mãos podem estar na nuca ou dando tapas de amor. Ela é dessas que não tem pudor. Faz do sexo o templo sagrado que deve ser. Seu limite é o gemido alto, o entorno é só um detalhe. De fantasias mil, eu já tive ao meu lado a mulher mais safada e independente que já se viu; e se verá. Foi tanta coisa ao lado dela que minha cabeça me trai: começo a achar impossível alguém preencher todo o vão que ficou na partida. A gente já jogou bola na praia; eu – sem ciúme – já incentivei ela a diminuir a saia. A gente já tomou cerveja no gargalo; também fomos juntos conhecer o Brasil de carro. Ela nunca fez teatro, mas numa das nossas viagens encenou que morreu. Nunca vi aquela filha da puta rir tanto como quando eu gritei: ‘Pelo amor de deus, amor: acorda! Puta que o pariu, acorda!’ Falo por mim: ela é dessas que você dá corda à partir de um só sorriso. Joga o cabelo pro lado e te pede o isqueiro. Quando você menos percebe, daria o mundo inteiro para mais cinco minutos ouvindo cada palavra que sai daquela boca. Ainda não sei se aquela área de fumantes fez parte do melhor ou o pior dia da minha vida. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força? Talvez eu ainda precise entender que felicidade é o beijo que se dá no presente, não planos de futurismos baratos. Todos os dias eu ainda lembro que ela é do tipo que inspira só por respirar. Cujas palavras formavam frases que me queimavam o juízo. Dessas que têm no cabelo o cheiro que eu queria sentir ao deitar. A pele que eu queria sentir com a palma da alma quando acordasse. A voz, meu Deus, dessas que eu queria guardar e fazer música dentro de mim. Ela é assim: linda. E sobrava tanto que quando eu encostava nela, me sentia lindo também. E aqui falo de beleza que sai dos poros, não nas capas. Ela era justa. Podia gritar, podia chorar, podia implicar; mas eu morreria ao lado de uma justa. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ela foi pra lá. E eu vim parar aqui. Tô com saudade dela."

-Fábio

terça-feira, 19 de maio de 2015

Eu descobri que ainda gosto de você. Isso mesmo, depois de tanto tempo eu ainda sinto algo por você. Como descobri isso? Da pior forma possível. Te ver com alguém me fez enjoar,fiquei tremula por alguns momentos. Saber que você nunca tá só é uma coisa, agora ver..foi horrível, me faltou chão, palavras simplesmente desapareceram. A única ação que tive foi me afastar, uma tentativa frustrada de esquecer o que eu vi. Não entendo como depois de tanto tempo eu ainda possa sentir tudo isso por você, vai entender o coração né.

domingo, 10 de maio de 2015

E hoje eu te ouvi falar de saudade, quase instantaneamente me veio um aperto no peito, lembrei da saudade de você que ainda mora em mim. Parei pra pensar e percebi que já se passou um ano, muito rápido tudo aconteceu. Bateu uma saudade boa de quando eu te ligava simplesmente pra te ouvir do outro lado da linha, de como a gente costumava passar horas e horas conversando sobre tudo. Bons tempos aqueles, e hoje me deparando com essa ausência de 1ano, acho que finalmente posso dizer: bons tempos que já não voltam mais. Ainda gosto de você, nunca neguei a ninguém, estranho isso tudo, eu sei.. Mas o que não foi estranho pra nós né.. 'Aonde estiver, espero que esteja feliz encontre o seu caminho, guarde o que foi bom, e jogue fora o que restou'.

domingo, 12 de abril de 2015


Será que alguém explica a nossa relação
 Um caso indefinido mais rola paixão.

terça-feira, 17 de março de 2015

Me despedi de você com lágrimas nos olhos. Engoli o choro pra me mostrar forte e te passar confiança, afinal era isso que você esperava de mim. Acho que quando eu disse que apoiava você ir embora, eu não acreditei de fato que você teria coragem, tolice minha..Por mais que eu entenda todas as suas razões, por mais que até eu mesma já tenha pensado em fazer o mesmo, a ficha ainda não caiu.. É estranho falar com você, mas na hora que eu precisar do meu ombro amigo favorito, você não vai está fisicamente mais aqui. Acho que eu estava tão acostumada com a sua presença, a sua companhia diária, dividir quase tudo com você, que vez ou outra ligo pra você pra dizer que to chegando, mas ai logo lembro que está meio longe agora...Já ta batendo saudade, e olhe que não se passou nem um mês ainda, kkk.. Mas me diz ai, quem vai me acordar já implicando com tudo? quem vai reclamar de como estou dirigindo? quem vai me atrapalhar a dirigir? quem vai me ligar no meio da noite me pedindo socorro ou simplesmente querendo conversar? quem vai cozinhar meus pratos favoritos? agora é sério, ninguém vai ocupar esse lugar que é só seu, pode passar o tempo que passar, quando você voltar tudo vai está no mesmo lugar..nossas coisas, brincadeiras, piadas e segredos, sempre será só nosso.. passe o tempo que for, chegue as pessoas que chegarem, sempre terá um lado só nosso, mesmo que não entendam, sempre haverá um eu e você.