terça-feira, 4 de agosto de 2015


De vez em quando ainda me pego distante, viajando para tempos mais fáceis. lembro do seu sorriso numa tela mascarada pela pouca qualidade da imagem. Ainda assim. Mesmo assim. Brilhava.

Eram tempos esquisitos, onde primeiros encontros não mais aconteciam na sala de estar. Nomes estranhos, conversas tediosas e a perda de tempo tornava tudo preto e branco. Você veio com a cor
.
Foi bom. Estava acontecendo mesmo? Eternidades aconteciam dentro de 24 horas. Ligações. Mensagens. Sorrisos. O dia parecia longo ou encurtava. Não havia lógica. Não havia como não ser.

E foi.

Sei que você procurou meus olhos no rosto errado. misturou sabores na memória para imagina como seria o gosto do meu beijo. Se imagino rindo na minha boca. Procurou saber qual o cheiro do perfume que eu usava e imaginou se eu me arrepiaria quando você o sentisse no meu pescoço. Sei sim. Ah como sei.

Esses detalhes tornavam corpóreo o que só as palavras podiam ilustrar, mas nunca traduzir.

É nesse momento que acaba o filme. As lembranças se vão como uma música que passa no toca fitas do carro. Vida que segue. Cuida de mim. Morena. Bem-te-vi. Boto fé.

O destino se fez presente, deixando tudo no passado. Passado. Como culpá-lo? Afinal, foi ele que nos apresentou.

Agora cante, sorria, corra, viva, grite, se cale. Não se anule. Seja. Sempre na imensidão dos infinitos haverá um tempo de se lembrar daquele tempo. Foi como o pôr-do-sol do alto de um farol.

- Thizah Maciel

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