Alguns dias são mais difíceis do que outros, as vezes parece um tormento ter que sair da cama. Demoro muito pra cair no sono, vou de um lado para o outro inúmeras vezes até finalmente conseguir. Não passo muitas horas dormindo, porém também não quero sair da cama. Já são 3 dias desse jeito, sem energia, sem nem ver a luz do dia direito, eu não to cansada fisicamente, mas mentalmente eu tô um caco. Gasto parte da minha energia tentando silenciar meus pensamentos, minhas paranoias, mas tem horas que eu não consigo e tal sentimento transborda pelos olhos. É muito fácil dizer que é "frescura, falta de vontade" e outras bobeiras mais, porém nem tudo que parece é. Ninguém quer ver sua vida passando diante dos seus olhos e simplesmente não está fazendo nada com ela, é desesperador pra falar a verdade.
O que não se pode explicar.
quinta-feira, 28 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
"Existem diferentes formas de um relacionamento ser abusivo. Deixar alguém entrar e sair da sua vida o tempo todo, quando bem entende, é também uma forma de abuso, abuso psicológico. Você merece mais do que uma atenção 'meia boca', uma dedicação temporária, você merece encontrar alguém que esteja disposto a se entregar como um todo, e não em migalhas, e quando lhe convém. Eu sei que você também percebe todo o estrago que vem sendo causando em si, sei também que é muito difícil juntar forças e largar tudo isso para trás, principalmente porque tudo dói, você esta machucada, em pedaços. Por mais que as pessoas lhe alertem, por mais que você mesmo sinta, isso só vai acabar quando você decidir dar um basta, essa hora chaga pra todo mundo, não se preocupe. Tal hora o tal 'start' chega e você desperta.. aí meu bem, esse vai ser o SEU momento, você vai ser extremamente egoísta, ligar o f#d@-se e finalmente sair dessa, vai pensar exclusivamente em você, que é o único ser que realmente merece tanta dedicação."
sexta-feira, 22 de maio de 2020
"Eu não sei bem o porque, mas eu ainda
guardo muitas coisas nossas, lembranças, fotos e ainda todo o
sentimento que eu tive e tenho por você. Como toda relação, tivemos
os nossos altos e baixos, tropeços e caminhadas leves, brigas e
sorrisos, mas ainda assim tivemos bastante peso pra carregar na bagagem,
e talvez com o tempo, ela tenha aumentado bastante.
Ainda sinto falta de tudo, principalmente das vezes que você me abraçava como se eu fosse o seu mundo, e sinceramente, eu não queria ter saído dali. Com toda saudade penso que nós dois poderíamos dar um tempo de todo esse passado, esquecer um pouco o caos que fizemos acontecer entre nós e só por um segundo, ao menos por um segundo nos tornamos nós novamente.
Quando se trata de você, eu ainda fico sem ter o que dizer, gaguejo e até fico sem jeito, você tem tanto de mim que partes minhas ainda tentam se reconstruir ou ao menos cicatrizar de uma forma leve.
Querendo ou não você ainda ocupa uma grande parte de mim e eu ainda tento descobrir se isso é bom ou ruim. Ainda lembro de quando eu contava as horas pra te ver nos dedos, e mais uma vez eu me vejo sentindo a tua falta. Um dia vamos rir de tudo isso, ou só rir disso tudo que a gente foi."
Ainda sinto falta de tudo, principalmente das vezes que você me abraçava como se eu fosse o seu mundo, e sinceramente, eu não queria ter saído dali. Com toda saudade penso que nós dois poderíamos dar um tempo de todo esse passado, esquecer um pouco o caos que fizemos acontecer entre nós e só por um segundo, ao menos por um segundo nos tornamos nós novamente.
Quando se trata de você, eu ainda fico sem ter o que dizer, gaguejo e até fico sem jeito, você tem tanto de mim que partes minhas ainda tentam se reconstruir ou ao menos cicatrizar de uma forma leve.
Querendo ou não você ainda ocupa uma grande parte de mim e eu ainda tento descobrir se isso é bom ou ruim. Ainda lembro de quando eu contava as horas pra te ver nos dedos, e mais uma vez eu me vejo sentindo a tua falta. Um dia vamos rir de tudo isso, ou só rir disso tudo que a gente foi."
-Leonnardo
Eu não mudei desde que você se foi. Eu ainda escuto músicas ditas estranhas por você, ainda coloco despertador em horários quebrados e também esqueço de beber água algumas vezes. No resumo a minha vida continua a mesma, a não ser pela sua ausência. Sigo tentando ocupar quase por completo o meu dia, as vezes a minha mente me trai e me leva pra tempos não muito distantes. Eu tô tentando, juro. Evito todo possível gatilho, mas algumas vezes foge do meu controle. São tempos confusos esses, mas eu to conseguindo, um dia de cada vez.
terça-feira, 19 de maio de 2020
Depois do nosso segundo término eu já estava mais ‘esperta’.
Em duas semanas eu já havia resolvido sair, estava rodeada de amigos que faziam
de tudo para levantar o meu astral. Eu fui. Fiquei meio deslocada no começo. Meu
olhar caçava você minimamente por aquele ambiente, demorei para perceber que
estava fazendo isso. Era desconfortável pra mim está ali, mas eu estava tentando,
eu tinha que tentar. Algumas vezes o pensamento me traia e me levava pra você,
alguma conversa lembrava, alguma música ou até mesmo algum engraçadinho soltava
o seu nome. Foi quando eu decidi silenciar tudo aquilo. Ninguém consegue ficar ‘mal’
quando se está em uma festa com os amigos, música boa e principalmente álcool não é mesmo?!
Não acho que beber ou que breves momentos de euforia resolvam as coisas, mas
naquele momento eu precisava. Você sempre me dizia, viva o hoje! E naquele momento
era tudo que eu podia fazer pra tentar me sentir um pouco melhor depois de
longas semanas. Como tudo nessa vida, a festa também acaba, os amigos vão
deitar e o efeito do álcool vai começando a passar. Me deitei por 5 minutos e
tentei não pensar em nada, queria sair da minha própria mente. Funcionou, um
pouco. Do mesmo jeito que o álcool te leva a momentos de grande euforia, ele
também faz o contrário. Um turbilhão de sentimentos começou a tomar conta de
mim, o meu corpo sentia falta do seu, as minhas palavras queriam te encontrar. Sem
pensar muito peguei o celular e comecei a te falar mil coisas, coisas que
talvez você até soubesse, mas eu nunca havia dito de fato. Te contei dos meus
maiores planos e o quanto queria você comigo nisso. Você sabia que eu havia bebido, mas também sabia que cada palavra daquela era verdade. Eu te contei o quanto queria você comigo naquela exato momento, naquela exata viagem, falei também de todos os outros momentos do futuro, mas por algum motivo tudo se é perdido em um deslize. A euforia passou, eu voltei pra casa e juntamente veio as consequenciais de cada ato praticado no momento de 'euforia'. E claro, você só é lembrado por algum erro/deslize que comenteu.. todo o resto bom, não deveria, mas é esquecido em meio a um deslize.
Uma vez você me disse que queria ser a pessoa de quem eu
falava nos meus textos. Por algum tempo eu achei isso muito f#d@, mas hoje eu
já não sei mais. A maioria dos meus textos fala de alguém muito importante pra
mim, ok, mas são textos tristes. Sério mesmo que você me queria escrevendo esse
tipo de coisa sobre você? Sobre nós? As pessoas em geral têm essa mania de
romantizar o amor ‘sofrido’, de acreditarem de fato quando começam a ver o
sofrimento do outro pela falta dele. Quando se está tudo bem, falar de amor para
alguns parece ser exagero, parece ser estranho que alguém ame tanto outra
pessoa além dela mesma, chega a ser difícil acreditar nisso nos tempos de hoje.
Algumas pessoas se assustam, não sabem como receber o ‘amor do outro’, mas não deveria
ser assim..as pessoas deviam achar estranho o ‘não receber’ amor, e não o
contrário. Pode me chamar de sonhadora, mas eu acredito que o amor possa sim superar
tudo. Essa deveria ser a regra, e não a exceção.
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Você me conhece, sabe que eu sou extremista, preciso passar
por cada fase intensamente, não poderia ser diferente com o ‘nosso fim’. Eu
sempre tive um carinho todos especial por caixas, não conseguia me desfazer de
nenhuma que eu ganhava. Depois de um ‘trauma’ é normal tentar afastar de si as
coisas que lhe causam gatilhos negativos...foi o que aconteceu, eu finalmente
me desfiz de todas as caixas que eu guardava, restando apenas uma. Essa noite
peguei essa única caixa que ficou e fiz dela um baú pra nós. O ritual foi completo,
fiz aquela playlist com todas as músicas possíveis de se ouvir quando se está
sofrendo por alguém, eu que nem bebo coloquei algumas cervejas no freezer e finalmente
peguei a tal caixa. Bebi o primeiro copo com cerveja como quem acaba de chegar
do sol e encontra água, acho que tomei na esperança de ‘criar coragem’ e não
desistir do que estava prestes a começar a fazer. Peguei o celular e apertei o
play na tal playlist que criei. Comecei pela foto no mural, segurei em minhas
mãos por uns 5 minutos e olhei firme, lembrei do exato momento em que ela foi
tirada, coloquei ela junto com as outras que não estavam expostas e as guardei.
Sabe aquela luminária que você ‘me fez comprar’? você não tem ideia da carga de
lembranças que eu vejo nela..enquanto a tirava da parede retornei a essas
lembranças, algumas me arrancaram sorrisos até. Caixa também pra ela. Peguei
alguns ‘bilhetes’ que você costumava me mandar quando a gente se conheceu, li
cada palavra com a maior atenção do mundo, tentei conectar cada linha daquela a
você, mas parecia sem conexão agora. Por fim, a nossa aliança. Eu já não a
usava desde aquele dia que tudo acabou, mas ela sempre estava no meu campo
visual como quem esperava a hora certa de voltar para o lugar dela. Nessa hora
a lágrima que eu tanto evitei escorreu pelo meu rosto, naquele exato momento eu
me permiti chorar por nós. Guarda-la era como finalmente está ‘aceitando’ o
nosso fim, era como o último suspiro do nosso amor. Lembro da tarde em que você
a me deu, da surpresa e das palavras meio soltas em meio aquele pedido simples,
mas tão romântico aos meus olhos. Respirei fundo, dei um último beijo e a
guardei junto com as outras coisas. Fiz uma espécie de carta para mim mesma,
coloquei nessa folha tudo que o nosso relacionamento tinha de bom e tudo que
tinha de ruim também, para caso um dia eu resolva mexer na caixa eu lembre de
tudo que eu sentia naquele exato momento, era uma forma de falar comigo no futuro.
Segurei a tampa da caixa, virei mais um copo de cerveja em um único gole,
respirei fundo e finalmente a fechei. Guardei-a em um lugar no armário de difícil
acesso. Peguei o celular e apaguei aquela playlist, como todo o resto, ela foi
um momento, não iria ser ‘revivida’ outra vez. Dei uma última olhada em volta para
ver se não esqueci nada, foi então que percebi que eu precisava de uma caixa como
essa na minha mente, para por lá todas as memórias que eu tinha feito com você.
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